Já está em vigor, em todo o território de Três Lagoas, a lei que proíbe o plantio e a comercialização da murta (Murraya paniculata). O objetivo é impedir a proliferação do psilídeo-dos-citros — inseto vetor da bactéria causadora do greening (Huanglongbing/HLB), doença considerada a mais devastadora para laranjeiras, limoeiros e limeiras.
A secretária municipal de Meio Ambiente e Agronegócio, Mariana Amaral, explica que a norma estabelece duas frentes imediatas. “Começaremos pelos canteiros centrais, áreas verdes e pelo viveiro municipal. Vamos orientar os moradores, auxiliar na remoção e doar mudas nativas de porte semelhante, já com cerca de 1,5 m, para reduzir o impacto emocional de perder a árvore”, acrescentou.
A murta é ornamental, exótica e não adoece com o greening, mas abriga o psilídeo. “Isso faz dela uma ‘bomba biológica’ parece saudável, mas mantém viva a bactéria que arrasa pomares”, ressaltou Mariana. O vizinho Estado de São Paulo vivenciou perdas graves justamente por não controlar esse hospedeiro.
Em Três Lagoas, a meta é transformar o município em polo de citricultura. “Com a presença da murta, fica inviável atrair investimentos de médio e grande porte. Precisamos dar segurança fitossanitária para quem produz”, disse a secretária. Pequenos produtores também serão orientados a eliminar plantas hospedeiras em chácaras e quintais.
Como participar da troca
- Comprovar a retirada da murta (foto ou entrega da muda erradicada).
- Levar um documento de identificação ao Viveiro Municipal (segunda a sexta, horário comercial).
- Escolher gratuitamente uma muda nativa adequada para arborização urbana.
- Caso necessário, a prefeitura enviará equipe para auxiliar no plantio.