No dia 25 de maio, Dia Nacional da Adoção, a data simboliza esperança para famílias que sonham em ter filhos e para crianças que aguardam por um lar. Em Três Lagoas, nove famílias estão habilitadas na fila de espera para adotar, mas o processo ainda enfrenta desafios, como o perfil das crianças buscadas pelos pretendentes.
O amor que transcende laços sanguíneos
A história de Marinalva Freitas e José Luiz é um exemplo inspirador. Casados há 10 anos, eles sonhavam em ter uma casa cheia de filhos. Após descobrirem que não poderiam ter filhos biológicos, o casal optou pela adoção. A chegada do pequeno José Neto, que tinha seis meses de idade, foi um misto de emoção e alegria.
“É muito emocionante quando a gente recebe a ligação falando que tem um filho pra você. Principalmente a gente, que o nosso cadastro, o nosso perfil de criança era de uma ou duas crianças até 10 anos e meio. Quando falaram pra gente, principalmente que se tratava de um bebê, nosso filho, ele chegou pra gente com seis meses de idade, foi muito emocionante”, relata Freitas.
O casal está novamente na fila de espera para adoção, reforçando o desejo de ter uma família grande.
“A casa tá toda adaptada, cheia de brinquedos aí. Para a gente é uma alegria muito grande ter o nosso filho conosco, nós temos sim a intenção de ter outros filhos para adoção, na realidade a gente até já voltou para a fila de adoção para termos outros filhos e para a gente assim é uma alegria muito grande e eu não faço ideia de como seria outro filho para a gente, porque esse filho traz alegria para a nossa casa”, afirmam.
O cenário da adoção em Três Lagoas e Mato Grosso do Sul
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Em Três Lagoas, a situação atual mostra que dois adolescentes, de 15 e 16 anos, aguardam por adoção. Por outro lado, nove casais já estão habilitados no processo. A questão principal reside no perfil de crianças que as famílias buscam, geralmente preferindo bebês ou crianças de até dois anos de idade, o que gera uma discrepância com o perfil das crianças disponíveis para adoção, muitas vezes mais velhas.
Em Mato Grosso do Sul, o ano de 2025 registrou 27 adoções, enquanto em 2024 foram 139.
O processo de adoção e o Grupo de Apoio à Adoção Ato de Amor
O processo de adoção é rigoroso e envolve diversas etapas, incluindo a apresentação de documentação e cinco certificações. Quatro dessas certificações são concedidas pelo Grupo de Apoio à Adoção Ato de Amor (Graata). Marinalva e José Luiz, além de serem pais adotivos, são membros voluntários do Graata há três anos, atuando na preparação de pretendentes.
Freitas destaca a seriedade do processo e a importância do preparo dos pais:
“Nós estamos aqui iniciando a Semana Nacional da Adoção e eu e meu esposo nós somos voluntários do grupo de preparação de pretendentes, do grupo de apoio à adoção, que a adoção é uma coisa muito séria, é uma coisa assim que os pretendentes eles têm que estar preparados”.
A Semana Nacional da Adoção é um momento crucial para desmistificar o processo, conscientizar a sociedade sobre a importância de acolher crianças e adolescentes e incentivar que mais famílias abram seus corações para o amor da adoção, independentemente da idade.
