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SAÚDE

Ponta Porã terá primeira sala de situação binacional de saúde do Brasil

Estrutura deve entrar em operação em até 30 dias e funcionará com dados compartilhados entre Brasil e Paraguai para monitorar doenças na fronteira

Estrutura deve entrar em operação em até 30 dias e funcionará com dados compartilhados entre Brasil e Paraguai - Foto: Marcos Espíndola/Governo de MS
Estrutura deve entrar em operação em até 30 dias e funcionará com dados compartilhados entre Brasil e Paraguai - Foto: Marcos Espíndola/Governo de MS

Ponta Porã será a primeira cidade brasileira a receber uma sala de situação de saúde binacional, voltada ao monitoramento e resposta rápida a emergências sanitárias na faixa de fronteira com o Paraguai.

A estrutura física deve começar a funcionar em até 30 dias, e faz parte de um projeto que também contempla os municípios de Mundo Novo e Porto Murtinho, ambos em Mato Grosso do Sul.

O modelo prevê o uso de sistemas de georreferenciamento, painéis interativos e bancos de dados unificados entre os dois países. Equipes técnicas brasileiras e paraguaias atuarão em conjunto para identificar surtos de doenças como arboviroses e síndromes respiratórias, e adotar medidas preventivas com base em informações compartilhadas.

A implantação da estrutura foi discutida em uma reunião binacional realizada no mês ado com participação de representantes do Ministério da Saúde, autoridades paraguaias, organizações internacionais, além de gestores estaduais e municipais.

A proposta busca fortalecer a vigilância sanitária em uma região onde a circulação de pessoas e a integração econômica aumentam o risco de disseminação de doenças.

Tecnologia e integração

Segundo o cronograma apresentado, o segundo quadrimestre de 2025 será dedicado ao alinhamento de protocolos e definição da infraestrutura necessária. A instalação física das salas deve ocorrer no terceiro quadrimestre, com avaliação de resultados prevista para o início de 2026.

Em Ponta Porã, no entanto, os trabalhos estão adiantados e a previsão é que a sala entre em funcionamento já no próximo mês.

As salas terão o a uma plataforma de inteligência de dados que cruza informações em tempo real, dispara alertas automáticos e permite a visualização de tendências. “Essa integração entre sistemas municipais, estaduais e internacionais facilita a resposta a surtos com mais agilidade e precisão”, afirma Marcos Espindola, coordenador de Tecnologia da Informação da Secretaria de Estado de Saúde (SES).

Mapeamento regional

Além da vigilância de doenças, a iniciativa binacional prevê um amplo mapeamento das condições de saúde nas cidades de fronteira, como Pedro Juan Caballero (PY), Ciudad del Este (PY), Foz do Iguaçu (PR) e as sul-mato-grossenses Mundo Novo e Ponta Porã.

A proposta é identificar, por meio do cruzamento de dados, onde há escassez de profissionais, equipamentos e leitos hospitalares.

“O levantamento detalhado da capacidade instalada nos dois lados da fronteira é essencial para planejar melhor os investimentos e garantir atendimento ágil em situações críticas”, afirmou a secretária-adjunta da SES, Crhistinne Maymone, que participou da do termo de cooperação entre Brasil e Paraguai.

Para apoiar os municípios na estruturação das salas, o Governo de Mato Grosso do Sul entregou computadores às secretarias de saúde locais. A expectativa é que o modelo implantado nas três cidades sirva como referência para outras regiões fronteiriças do estado.

*Com informações do Governo de MS