Melhorar o transporte ferroviário, ampliar a integração entre os modais e reduzir o tempo e o custo do escoamento da produção. Essas foram algumas das demandas destacadas por Mato Grosso do Sul durante o 9º Encontro Regional do Plano Nacional de Logística (PNL) 2050, realizado nesta terça-feira (3), em Campo Grande.
O evento, promovido pelo Ministério dos Transportes, reuniu representantes do setor público, da iniciativa privada e de entidades do setor produtivo da Região Centro-Oeste. A proposta foi levantar gargalos e oportunidades logísticas para embasar o planejamento federal de infraestrutura até 2050.
Entre as prioridades apontadas pelo Estado estão a reativação do transporte ferroviário, melhorias em rodovias, aumento do uso das hidrovias e a revitalização de aeroportos regionais.
Os participantes alertaram que, com a reforma tributária em andamento, a logística ganhará ainda mais peso na competitividade dos estados exportadores.
Para Mato Grosso do Sul, a deficiência na malha ferroviária foi classificada como o maior entrave logístico atual. Apesar de avanços em projetos rodoviários, o transporte por trilhos ainda representa um desafio.
A chamada Rota Bioceânica também foi citada como alternativa em construção para ampliar as opções de escoamento da produção.
A avaliação é de que o modelo atual, excessivamente concentrado no transporte rodoviário por caminhões, limita a competitividade. A expectativa é que a adoção de um sistema intermodal – com integração entre ferrovia, hidrovia e rodovia – possa reduzir custos e agilizar o transporte.
O encontro reforçou ainda a importância de um diagnóstico regionalizado, baseado na realidade de cada estado.
Para os organizadores, ouvir as demandas locais é essencial para definir prioridades, já que os recursos federais e estaduais disponíveis não são suficientes para atender todas as frentes ao mesmo tempo.
Representando o Ministério dos Transportes, a subsecretária substituta Larissa Spínola afirmou que o objetivo do PNL 2050 é justamente construir o planejamento a partir das contribuições de quem conhece os desafios de cada região. “Precisamos percorrer o Brasil para entender o Brasil. Estamos aqui para ouvi-los”, destacou.
A metodologia do plano federal inclui a análise de dados técnicos, como matrizes origem-destino, mapas de saturação e indicadores de ibilidade, integração regional e sustentabilidade.
O objetivo é subsidiar estratégias de longo prazo para transformar a logística nacional até 2050.
*Com informações do Governo de MS