Um dos momentos mais instigantes do RCN em Ação, durante o AMCHAM CEO Forum – Edição Mato Grosso do Sul, foi o “Inteligência artificial e a liderança moldando o futuro das gerações”.
O debate reuniu Rander Souza (Genesys LATAM), Nadia Macanham (Agrícola Alvorada) e Abrão Neto (AMCHAM Brasil), com foco em como a tecnologia exige muito mais do que ferramentas: ela demanda lideranças preparadas, humanas e guiadas por propósito.
“Estamos falando de líderes que saibam inspirar, orientar com clareza e tomar decisões com base em dados, mas sem perder o fator humano”, afirmou Rander Souza, especialista em inovação e inteligência artificial.
Tecnologia não substitui cultura
Logo no início do bate-papo, Abrão Neto ressaltou que a essência da liderança continua a mesma, mesmo com todos os avanços digitais: criar ambientes confiáveis, formar equipes alinhadas a valores e tomar decisões sustentadas por ética.
“Liderar na era da IA exige coragem, propósito e responsabilidade. A tecnologia pode ser poderosa, mas sem cultura ela não transforma”, disse o CEO da AMCHAM.
Liderança ativa e com escuta
Representando o setor do agronegócio, Nadia Macanham trouxe a experiência da Agrícola Alvorada, onde lidera a área de DHO. Para ela, não adianta implantar IA se os líderes não estiverem preparados para conduzir o processo com responsabilidade e envolvimento.
“A IA é um meio. O que garante a transformação é a liderança que escuta, treina e dá autonomia para os times crescerem juntos”, destacou.
Nadia reforçou a importância da escuta ativa e do incentivo à formação contínua, principalmente para engajar as novas gerações e prepará-las para assumir papéis estratégicos no futuro.
Decisão com dados, mas com critério
Rander Souza, diretor da Genesys, alertou para um uso exagerado e muitas vezes automático dos dados nas decisões corporativas. Segundo ele, dados são apoio, não ordens — e precisam ser usados com interpretação e consciência do contexto.
“O algoritmo pode prever, mas não sente. Quem lidera precisa entender o impacto humano de cada decisão”, apontou.
Transformação começa nas atitudes do presente
Ao final do , os especialistas convergiram em um ponto: o futuro das empresas não será moldado apenas pela tecnologia, mas pela maneira como os líderes atuais conduzem seus times, valores e decisões.
“Não adianta esperar o futuro. Ele está sendo formado agora, pelas escolhas que fazemos hoje, com base em quem somos e no que acreditamos”, concluiu Abrão Neto.