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RCN EM AÇÃO

Liderança com propósito é essencial na era da inteligência artificial, defendem especialistas

destacou que tecnologia sem cultura e clareza de valores não transforma empresas e nem prepara as próximas gerações

Palestrantes durante o evento - Foto: Luiz Gustavo Soares/Portal RCN67
Palestrantes durante o evento - Foto: Luiz Gustavo Soares/Portal RCN67

Um dos momentos mais instigantes do RCN em Ação, durante o AMCHAM CEO Forum – Edição Mato Grosso do Sul, foi o “Inteligência artificial e a liderança moldando o futuro das gerações”.

O debate reuniu Rander Souza (Genesys LATAM), Nadia Macanham (Agrícola Alvorada) e Abrão Neto (AMCHAM Brasil), com foco em como a tecnologia exige muito mais do que ferramentas: ela demanda lideranças preparadas, humanas e guiadas por propósito.

“Estamos falando de líderes que saibam inspirar, orientar com clareza e tomar decisões com base em dados, mas sem perder o fator humano”, afirmou Rander Souza, especialista em inovação e inteligência artificial.

Tecnologia não substitui cultura

Logo no início do bate-papo, Abrão Neto ressaltou que a essência da liderança continua a mesma, mesmo com todos os avanços digitais: criar ambientes confiáveis, formar equipes alinhadas a valores e tomar decisões sustentadas por ética.

“Liderar na era da IA exige coragem, propósito e responsabilidade. A tecnologia pode ser poderosa, mas sem cultura ela não transforma”, disse o CEO da AMCHAM.

Liderança ativa e com escuta

Representando o setor do agronegócio, Nadia Macanham trouxe a experiência da Agrícola Alvorada, onde lidera a área de DHO. Para ela, não adianta implantar IA se os líderes não estiverem preparados para conduzir o processo com responsabilidade e envolvimento.

“A IA é um meio. O que garante a transformação é a liderança que escuta, treina e dá autonomia para os times crescerem juntos”, destacou.

Nadia reforçou a importância da escuta ativa e do incentivo à formação contínua, principalmente para engajar as novas gerações e prepará-las para assumir papéis estratégicos no futuro.

Decisão com dados, mas com critério

Rander Souza, diretor da Genesys, alertou para um uso exagerado e muitas vezes automático dos dados nas decisões corporativas. Segundo ele, dados são apoio, não ordens — e precisam ser usados com interpretação e consciência do contexto.

“O algoritmo pode prever, mas não sente. Quem lidera precisa entender o impacto humano de cada decisão”, apontou.

Transformação começa nas atitudes do presente

Ao final do , os especialistas convergiram em um ponto: o futuro das empresas não será moldado apenas pela tecnologia, mas pela maneira como os líderes atuais conduzem seus times, valores e decisões.

“Não adianta esperar o futuro. Ele está sendo formado agora, pelas escolhas que fazemos hoje, com base em quem somos e no que acreditamos”, concluiu Abrão Neto.