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FORÇA-TAREFA

Grupo de trabalho atua em duas frentes para analisar 6 mil BOs da Deam

GT seleciona casos urgentes e busca aprimorar o gerenciamento de crise

Delegada Maria de Lourdes Cano é uma das coordenadoras da força-tarefa - Foto: Álvaro Rezende/GovMS
Delegada Maria de Lourdes Cano é uma das coordenadoras da força-tarefa - Foto: Álvaro Rezende/GovMS

O Grupo de Trabalho (GT) criado pela Delegacia-Geral da Polícia Civil (DGPC-MS), há quase 10 dias, para revisar 6 mil Boletins de Ocorrências (BOs)da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher da Capital, definiu estratégias para agilizar o processo.

“Estamos atuando em duas frentes: reduzir o ivo acumulado, priorizando os casos mais urgentes, e aperfeiçoar o gerenciamento de risco para garantir provisões imediatas às vítimas que correm maior perigo. Além disso, estamos implementando ferramentas tecnológicas para melhorar a triagem e acelerar as investigações”, explicou um dos coordenadores do GT, delegado Márcio Rogério Faria Custódio.

Barbosinha durante conversa com delegados do GT – Foto: Álvaro Rezende/GovMS

Nesta sexta-feira (28), o vice-governador do Estado, José Carlos Barbosa, o Barbosinha, fez uma visita ‘surpresa’ ao GT para acompanhar o andamento do trabalho integrado que deve garantir respostas mais ágeis às vítimas.

“O primeiro o foi um mergulho interno para diagnóstico da situação, avaliando os boletins de ocorrência, identificando demandas de tecnologia, estrutura e pessoal. A partir disso, fortaleceremos o diálogo com o município, a União e as instituições do sistema de Justiça, como Ministério Público, Defensoria e Tribunal de Justiça, para avançarmos nas medidas possíveis e aprimorarmos esse atendimento tão essencial”, afirmou o vice-governador.

A revisão dos documentos da Deam de Campo Grande está sendo realizada nas dependências da Academia de Polícia Civil (Acadepol) e reúne 20 servidores da Segurança Pública – entre delegados, investigadores e escrivães da Polícia Civil.

A força-tarefa tem a missão de diagnosticar, aprimorar e acelerar as investigações para evitar falhas e propor ações que tornem mais eficiente a atuação da rede de proteção às mulheres vítimas de violência.

A delegada Maria de Lourdes Cano, que já esteve à frente da Deam em Campo Grande e de outras delegacias especializadas, também participa da coordenação do GT. Ela ressaltou que todos os Boletins de ocorrência estão sendo minuciosamente revisados para garantir o “encaminhamento adequado ao Poder Judiciário“.

“Desde os casos de menor potencial ofensivo até os de grande gravidade, nossa prioridade é garantir que as vítimas tenham proteção e que os agressores sejam devidamente responsabilizados. Estamos trabalhando com máxima celeridade para que nenhuma mulher fique desamparada e para que aqueles que praticam violência doméstica sejam excluídos do convívio social, quando necessário”, pontuou a delegada coordenadora do GT.